Batizados e Enviados. A missão na ação evangelizadora do cristão

O Papa Francisco escolheu o mês de outubro de 2019 “Mês Missionário Extraordinário” para toda a Igreja católica com o tema: “Batizados e Enviados. A Igreja em Missão no mundo”. Ele pede uma maior consciência para a missão.

As Jornadas Missionárias, que se realizam nos dias 28 e 29 de setembro, em Fátima, respondem a esse apelo do papa com o tema: “Batizados e Enviados. A missão na ação evangelizadora do cristão”.

Neste Ano Missionário será que sentimos este “pulsar” missionário? Sentimos reavivar em nós o nosso Batismo? Sentimo-nos Enviados com esta característica de estarmos “Todos, Tudo e sempre em Missão”?

O objetivo destas Jornadas Missionárias é avivar “um anúncio que oferece aos crentes, mesmo tíbios e não praticantes, uma nova alegria na fé e na fecundidade evangelizadora (EG 11), aprofundando o significado do nosso batismo e o porquê de sermos enviados.

Batizados. Quando no dia do batismo se pergunta: “Que pedis à Igreja para o vosso filho?”, a resposta sai aberta e franca: “O Batismo!”; o mesmo é dizer “a Fé!”. A fé em quem? Em Jesus Cristo! respondemos todos. O batismo é esse encontro com Cristo; um estar com Ele, para aprender dele a ser verdadeiros discípulos missionários. 

Reviver o nosso batismo é “Voltar a Jesus”. “Voltar a Jesus” é reencontrar-se com Ele, para fazer vida com Ele, e anunciá-lo.

“Voltar a Jesus” é proclamá-lo com a coerência da vida, mas também com palavras, apresentando-o como nosso Mestre e Senhor. É que podemos estar a viver um cristianismo de alguma maneira não cristão, carente de Evangelho e à margem de Jesus.

Enviados. Ninguém deve guardar para si a revelação do encontro com Jesus Cristo. Ela chega até nós para a comunicarmos aos outros; para gerar vida espiritual nos outros e despertar a capacidade do encontro pessoal e íntimo de todo o ser humano com Deus.

Com diversos nomes, o papa Francisco apela à necessidade que a Igreja saia de si mesma, saia a evangelizar se quer ser fiel a Jesus. É por isso que fala de “uma Igreja missionária”; de “uma Igreja em saída”, de “uma Igreja de portas abertas”; “uma Igreja livre de si mesma”, livre das suas preocupações internas e mais aberta às necessidades das pessoas de hoje.

A Igreja missionária é uma Igreja que sai, inclusive que muda de lugar. Mas é importante sair com uma finalidade, que não é outra que a missão que Jesus nos entregou: Evangelizar.

Evangelizar não é obrigar; é propor. A proposta tem de ser feita sem pressas (de resultados) e desde dentro, entrando na cultura do outro, conhecendo a sua forma de vida, partilhando com ele, dando-se a conhecer, escutando e oferecendo-se (cf. EG 46).  

Como seria bom sonhar com o papa Francisco com uma “opção missionária capaz de transformar tudo: os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial para que se tornem um canal adequado para a evangelização do mundo atual” (EG 27).

Conto contigo nestas Jornadas Missionárias!

António Lopes, svd
Diretor Nacional das OMP

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